dezenas de pessoas se aglomeram na agência do Banco do Brasil

 

Se a greve dos bancários vem causando prejuizo à população de uma forma geral, é para os idosos que a situação fica ainda mais complicada. Ontem, no dia em que começou o pagamento do benefício para aposentados, as agências do Banco do Brasil estavam lotadas de pessoas aflitas sem saber como utilizar os caixas de autoatendimento.

Sem os funcionários para ajudar no saque do benefícios, muitos aposentados acabaram desistindo de pegar o dinheiro e deixaram as agências lamentando a falta de colaboração no serviço. "Com tanta gente aqui na agência e sem funcionários para nos ajudar, fica difícil. Eu não aprendi a mexer nos caixas eletrônicos e vou ter que procurar outra agência mais vazia e que tenha funcionários para ajudar”, disse Julieta Januário de Lima.

Em uma agência do Banco do Brasil, na Avenida Durval de Góes Monteiro, cerca de 100 idosos sofreram horas tentando entender o funcionamento dos caixas eletrônicos. O pagamento de aposentadoria é o serviço mais requisitado na agência, só que a maioria dos aposentados não sabe utilizar o autoatendimento. Com a greve, apenas dois estagiários na agência ficaram responsabilizados de atender à demanda do dia.

“Essa greve não agrada a ninguém, principalmente para nós aposentados. Eu não sei utilizar essas máquinas e com tanta gente na fila, vou tem que ir embora”, disse o aposentado Manoel Laurindo de Melo.

Os bancários deflagraram greve no último dia 27, por tempo indeterminado. A categoria reivindica reajuste de 12,8% nos salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação.

Agora, o sindicato quer cassar decisão que mantém abertas as agências do HSBC

O Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT-AL) concedeu liminar ao Sindicato dos Bancários de Alagoas cassando os interditos proibitórios que mantinham abertas as agências do Bradesco e Itaú em Maceió. Com esta decisão, os bancários retomaram a greve nos dois bancos, fechando mais de 95% das unidades, percentual superior ao início da paralisação, quando o índice era de 62%. Apenas duas agências, localizadas no Shopping Pátio, funcionam esta manhã.

Esta é a primeira vez que o TRT de Alagoas cassa interditos proibitórios de bancos privados durante paralisação dos bancários. O Sindicato da categoria está recursando agora contra os interditos concedidos ao HSBC, que mantém duas unidades do banco abertas em Maceió.

Segundo o despacho do Tribunal, que derruba sentença da primeira instância, a greve dos bancários é pacífica e não há justificativa para barrá-la nos dois bancos. Tal instrumento, acrescenta o Tribunal, "fere direito líquido e dos trabalhadores representados pelo Sindicato, uma vez que frustra o livre exercício do direito de reunião e greve, garantidos pela Constituição Federal".

O TRT acrescenta que “é da essência da greve a prática de atos coletivos, sendo os piquetes, afixação de cartazes, carros de som, e a ocupação de estabelecimento exemplos de realização de movimento paredista. Tais métodos são legítimos, enquanto instrumento pacífico tendente a persuadir os trabalhadores a aderirem à greve”.

Segundo o sindicato, o retorno da paralisação no Bradesco e Itaú leva a greve dos bancários em Alagoas a atingir 86,93% de agências fechadas. São 133 unidades de um total de 153, diz a entidade.  

A greve dos bancários começou no dia 27, após a categoria ter rejeitado a proposta de reajuste de 8% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria defende um reajuste de 12,8%, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade entre outros itens.

 Veja o quadro da greve em Alagoas nesta quinta-feira (06), segundo o sindicato:

BANCO DO BRASIL: 66 fechadas (90,41%) de um total de 73

CAIXA ECONÔMICA: 26 fechadas (81,25%) de um total de 32

BANCO DO NORDESTE: 10 fechadas (100%) de um total de 10

BRADESCO: 10 fechadas (71,43%) de um total de 14

ITAÚ: 11 fechadas (91,67%) de um total de 12

SANTANDER: 8 fechadas (100,0%) de um total de 8

HSBC: 1 fechada (33,33%) de um total de 3

SAFRA: 1 fechada (100%) de um total de 1

Cães e gatos serão esterilizados em Capela

 

O dia do bem estar animal é nesta terça-feira (04) e durante toda semana esta data será comemorada com algumas atividades em prol dos cães e gatos abrigados no Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa). No próximo sábado (08), será realizado um mutirão para o atendimento clínico e esterilização de cães e gatos no Município de Capela.

O mutirão do Neafa tem o apoio da Prefeitura Municipal de Capela e da Comissão de Bem-Estar Animal da OAB/AL e ocorrerá no Grupo Escolar Doutor Abdon de Paula Gomes das 8h até as 16h. O atendimento será voltado para a população mais carente que possui cães e gatos. No caso dos animais que estão nas ruas do município, será feita a vermifugação do maior número possível.

Segundo a presidente do Neafa, Cristiane Leite, a previsão de atendimento será de setenta animais. “Pretendemos fazer o atendimento clínico, vermifugar e realizar cirurgias em dezenas de animais. Entretanto, o número pode crescer mediante a quantidade de voluntários”, disse Leite.

Ela enfatizou que este mutirão além de oferecer o atendimento aos animais da população de Capela irá orientar todos os donos dos cães e gatos a respeito de educação ambiental.

Subiu para 22 o número de pessoas que passaram mal depois de beber Toddynho, um dos achocolatados mais vendidos do Brasil. O fato ocorreu no Rio Grande do Sul, onde a Vigilância Sanitária suspendeu a comercialização do produto.

Segundo relatos de consumidores, o achocolatado causou queimaduras na boca logo após sua ingestão. As reclamações são de irritação, ardência e lesões na boca.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul analisou amostras que apontaram um nível alto de acidez e levantou a hipótese de haver restos de produtos de limpeza no Toddynho consumido pelos gaúchos.

A fabricante do produto, a PepsiCo, enviou nota reconhecendo alteração em um dos lotes com 80 unidades que foi enviado apenas para o Rio Grande do Sul.

Até agora, não houve registro de relatos em outros Estados.

Os poucos móveis foram queimados

Atualizado às 10h50

Um idoso e uma mulher ficaram feridos durante um incêndio, na manhã desta segunda-feira (3), em uma residência, localizada na Rua da Alegria, no bairro da Levada. José Geraldo dos Santos, de 68 anos, e uma mulher identificada como Elizabete Silva dos santos, 35, foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo as primeiras informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio começou depois na cozinha, depois de uma explosão causada por um vazamento no botijão de gás. As duas vítimas estavam no cômodo e tiveram queimaduras no rosto, braços e pernas.

Com o impacto da explosão, a mulher acabou sendo jogada para fora de casa, com os cabelos em chamas. Ela foi socorrida por vizinhos, que tentaram apagar o fogo com baldes de água.

Em poucos instantantes o fogo se alastrou e atingiu outras partes da casa.

O casal encontra-se internado no Centro de Tratamento de Queimados em estado de saúde grave do Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo o HGE, a mulher sofreu queimaduras extensas na face, no couro cabeludo, tronco, membros superiores e inferiores. O idoso sofreu lesões extensas na face, membros superiores, inferiores e costas.

O incêndio foi controlado por equipes do Corpo de Bombeiros.

Mais de 600 médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) param suas atividades nesta segunda-feira, a partir das 7h30, no interior do estado. A greve por tempo indeterminado vem reforçar as reivindicações por reajuste salarial compatível com a jornada de 40 horas semanais exigida por lei. Conforme decisão da categoria, será mantido o funcionamento de 30% das atividades. Apenas Maceió fica de fora da paralização.

A greve foi deliberada na última quarta-feira (28), em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos de Alagoas, após três horas de discussão. A paralisação abrange 54 municípios da regional metropolitana, assim como os profissionais da regional do Agreste e do Sertão, que inclui mais 47 cidades. O Sindicato confirma que Maceió não entra na greve, pois o município está honrando os acordos firmados, segundo a categoria. A capital alagoana já implantou um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da categoria, de acordo com a entidade. 

Os médicos reivindicam um Plano de Cargos e Carreira (PCC), melhores condições de trabalho e o piso salarial estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, os médicos querem receber um salário que se equipare às 40 horas semanais exigidas pela legislação. “Assim que o PSF foi lançado, um médico ganhava 30 salários mínimos. Hoje o salário está na média de R$ 5 mil”, disse.

A discussão ocorre por conta de uma determinação do Ministério Público Federal (MPF) que determinou que os médicos cumprissem as 40 horas semanais, o que não está acontecendo. O Sindicato alega que, para os médicos cumprirem a carga horária, os municípios devem pagar o valor equivalente.

“De acordo com a Federação, para cada 20 horas semanais, o médico deve ganhar R$ 9 mil, já para 40 horas esse valor sobe para R$ 18 mil”, afirma Wellington Galvão. “Se os municípios quiserem ter médicos, terão que melhorar as condições de salário”, acrescentou. Caso as negociações não avancem para um acordo que assegure um salário considerado pelos médicos como compatível com as 40 horas semanais de trabalho, os profissionais asseguram que pedirão demissão.

Segundo o diretor da Associação de Medicina Familiar e Comunidade, Iberon Medeiros, os médicos não cumpriam a carga horária porque trabalhavam em outros estados. “Tem município pagando R$ 3 mil, por isso muitos migram para outros estados. Então, eles começaram a flexibilizar a carga horária porque em Alagoas há uma defasagem salarial há vários anos”, disse.

Queixas da categoria

Tanto na assembleia de Maceió como na de Arapiraca, além de reclamar dos baixos salários, os médicos se queixaram da falta de condições éticas de trabalho na maioria dos municípios, onde a estrutura de atendimento das equipes “é precária e compromete uma assistência adequada à população”. Por isso, na pauta de reivindicações, os médicos também reivindicam melhoria das condições de trabalho.

No que se refere à remuneração, os médicos pedem salário de R$ 18.376,44, que é o piso salarial nacional da FENAM para carga horária semanal de 40 horas. A categoria também quer um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos exclusivo para os médicos em cada município, a exemplo do PCCV de Maceió.